sábado, 8 de maio de 2010

Olha onde a favela chegou entrevista Afro Jhow !!


Mesmo com a correria louca na semana que antecede a festa de lançamento do seu primeiro disco solo, o parceiro Afro Jhow tirou um tempinho pra trocar uma idéia com o blog: Olha onde a favela chegou.
 

E ai Afro tudo na paz ?

Afro Jhow : Tudo firme, vamos trabalhar.





Mano Afro Jhow muita satisfação ter você no Blog “Olha onde a favela chegou !!”
Primeiramente se apresente. Fala ai, quem é o Afro Jhow ?

Afro Jhow : é filho de um mulher guerreira, pai de uma menina muito linda e inteligente. Afro Jhow é um herdeiro de uma herança africana, remanescente de quilombo, nascido e criado no meio artístico. Vem de uma família humilde, e desde cedo já aprendeu a lidar com a sua auto-estima. Aprendeu que ser “Negro” é lindo! E que precisamos ser três vezes melhores pra conquistar o nosso espaço.

Olha onde a favela chegou- Afro Jhow, contem-nos um pouco da sua trajetória dentro do rap, como e quando foi o seu primeiro contato com o Hip Hop?

Afro Jhow :1995 eu morava na favela “Osório Vilas Boas”, em Campinas de Pirajá, estudava no Colégio Central da Bahia, e conheci uma garota chamada “Manoela”, que era fanática pelo Gabriel Pensador, e nessa aproximação passei a escutar esse som, além da música Funk que já predominava nos guetos. Não demorou muito tempo quando tive meu primeiro contato com a música Rap, um amigo chamado Brás chegou de SP, e trouxe consigo uma fita cassete recheada de Rap nacional, dentre elas a música “Homem na Estrada” do grupo Racionais Mc´s. Quando escutei essa música pela primeira vez, fechei os olhos e sentir a realidade da minha comunidade saindo daquele pequeno toca fitas, arrepiava parceiro! Daí veio o primeiro grupo de vários que fariam parte da minha história.

Olha onde a favela chegou- Quais são as tuas influências  e rappers favoritos?

Afro Jhow : Eu sempre gostei muito das musicas que fizeram parte da minha infância, músicas do Olodum, Ilê Ayiê, Muzenza, Jackson Fives, Alpha Blond, Bob Marley e James Brown. Independente de estilo musical, sempre trouxe comigo essa essência da musica afro. E tenho como influencias Lazzo Matumbi, Aloísio Meneses, Dão Black, Lazinho, Kamphew Tawá e minha família. Meu rappers favoritos são: Pregador Lou, pela sua musicalidade, Mano Brown por ter a percepção de nos levar a outro nível com simples palavras, Marcão DMN pelas atitudes e postura no palco, Wu Tang Clan , pela unificação de estilos e potencial, Spock por deixar transpirar pelos seus poros toda essência que tem em suas veias, Blul pela sua vontade de mudanças e atitude, Mr. Dko pelo nível das suas composições e musicalidade, Makonnen Tafari revelação do Rap baiano com postura de gente grande.

Olha onde a favela chegou-Qual é o seu estilo e o que você procura passar ao público através de suas musicas ? 

Afro Jhow : O estilo é o de menos importância quando falamos de música, a mensagem é o foco. Com a sensibilidade de uma pluma ou a agressividade de um cão feroz, devemos nos preocupar com a auto-estima das pessoas e fazer com que elas reflitam sobre quem somos, de onde viemos e pra onde queremos ir. Eu procuro sempre me adaptar ao público local, estudar o terreno e fazer meu som.

Olha onde a favela chegou- Quais são os álbuns indispensáveis na sua vida que você nunca enjoa de ouvir? 

Afro Jhow : “Rap é compromisso” do eterno Sabotege, é um álbum muito bom pra se ouvir, sempre! “Ainda há tempo” do rapper Criolo Doido, Psy4 de la rime - Enfants de la Lune é um álbum que me faz relaxar e me inspira muito a escrever minhas letras e os álbuns da banda Olodum não paro de escutar, pois essas músicas me faz reviver a minha infância.

Olha onde a favela chegou- Quais são os principais temas que você costuma abordar nas letras das suas músicas?

Afro Jhow : Não crio obstáculos e nem levanto bandeiras para escrever as minhas músicas, falo de superação, valores étnicos, espiritualidade, contemporaneidade entre outros assuntos que elevam a auto-estima do nosso povo; Procuro tomar bastante cuidado para compor, pois a música tem o poder de restauração. Assim como podemos reparar uma vida, podemos destruir.

Olha onde a favela chegou- Neste momento você esta na correria pra lançar seu CD. Conte pra nós como está sendo essa correria toda?

Afro Jhow : A correria pra esse álbum iniciou desde o inicio de 2009 quando entrei em Studio pra gravar este cd. Pelas dificuldades no mercado da música baiana para o nosso estilo musical, entrei na arena pra lutar pelos meus objetivos, nunca foi diferente, tudo que conquistei foi com muito suor, muita luta. Tenho muitos amigos dentro da minha comunidade o “Pelourinho”, onde conseguir muitos apoios para a realização deste lançamento. Demonstrando profissionalismo no meu trabalho, seguindo a minha meta e conquistando o meu espaço, diariamente estou focado na minha música, passando a cada nível de dificuldade para montar o meu alicerce. Dia 08 de maio de 2010 é o dia da celebração maior, o dia da vitória.

Olha onde a favela chegou- Seu álbum é intitulado de “Sem luta não há vitória”! Fale um pouco sobre ele, quantidade de faixas, participações, valor,  Data de Lançamento?

Afro Jhow : Sem luta não há vitória resume toda trajetória da minha vida com a minha mãe Negra Jhô, onde conquistamos muitas vitórias através de muita luta.
O cd foi gravado no Studio "Balaio Sonoro", na direção musical de Zéu Góes com uma nova roupagem. Vem com 12 faixas, com as participações de Donna Liu, Kamaphew Tawá, Lucas Kintê, Mr. Deco, Makonnen Tafari, Duq R.A e Narcisinho. O cd é oficial, autoral e já está nas ruas custando r$: 10,00.
O lançamento é dia 08 de maio de 2010, na praça Tereza Batista, a partir das 19:00hs, gratuito, com as seguintes atrações: DJ Gug, DJ Kiko, Nova Saga, Duendy 1º, Aloísio Meneses e Afro Jhow.
 


Olha onde a favela chegou- O que acha desta "guerra" entre música comercial x underground? Você considera sua musica comercial ou underground?
 

Afro Jhow : A música não tem fronteiras, independente de estilo o foco é o conteúdo. Essa guerra explicita que hoje vivemos é muito negativo pra nós, devemos nos unir e parar de fazer o que foi programado há tempos atrás. Estamos nos matando, nos enfraquecendo onde somos a maioria e não estamos no poder. Temos que repensar toda a nossa história e nos fortalecer para tomar o que é nosso de direito. Respeito todos os estilo, prefiro me preocupar com as mensagens.
 

Olha onde a favela chegou- Um Livro? Uma Música?Um filme? Um álbum? Uma Pessoa? Um Ídolo ?
 Afro Jhow :
Livro: “A sociedade do código de barras” Preto Ghoez,
Música: “Resposta ao Tempo” Nana Caymmi
Filme: Amstad
Álbum: Sem luta não há vitória
Pessoa: Minha Filha Kaylane
Ídolo: Negra Jhô

Olha onde a favela chegou- Então Afro , é isso ai. Deixe ai um salve pra a galera que acessa o Blog: Olha Onde a Favela Chegou, e também os contatos pra quem quiser trocar uma idéia e conferir o seu som, chame a galera pra comparecer no lançamento do álbum !

Afro Jhow : Salve salve Família! Muitas positividades pra rapaziada do blog, a casa é nossa, a noite é nossa é tudo nosso. Contatos: mcsjhow@hotmail.com / www.myspace.com/afrojhow .
Sábado dia 08 de maio de 2010, todos os caminhos nos leva a praça Tereza Batista, a partir das 19hs em ponto. Um espetáculo da música rap baiana. Show de lançamento do Álbum “Sem luta não há vitória” do Rapper Afro Jhow.

Esse Foi Afro Jhow o negão tem ideia pra troca ,Valeu Afro Muita Paz e SUCESSO na caminhada, Guerreiro...

Léo Morais e Paulo Brazil Blog: ( Olha onde a favela Chegou!) Muita Pazz....

Nenhum comentário:

Postar um comentário